terça-feira, 2 de junho de 2009


E peço ao tempo: Silêncio!!! estou escrevendo

E assim ele me faz atemporal

Porque viver é no tempo e fora dele

Na realidade e na esperança

No agora, no que será e no que fui

É reunir sujeitos e advérbios e decifrando medos

Conjugando coisas simples (um soluço sem lágrimas, um flor, uma chama que consome e o amarelo de folhas de outono suicidas)

Para dizer como um filho pede a mãe, sem palavras, o colo para dormir

Hoje é quando se decreta

É que se diz

Que se fez descoberta

E se põe pingos nos is

Recusando clichês e receitas de ano novo

Tenho segredos guardados

Que ainda não foram arrombados por mim

Tenho pela vida um amor

Não lido, nem escrito, nem sonhado

E todo amor desconhecido

Precisa ser entendido e degustado

Amém!

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