domingo, 18 de abril de 2010

O cabrito que caçava pacas




O cidadão do interior sempre procura viver em harmonia, com a natureza e com suas comunidades, sempre que podem reuni-se nas datas especiais para um bom bate papo. Todos tem suas historias, mas sempre tem aquele que destaca entre os outros , como fui criado no interior posso falar de carteirinha, presenciei muitos casos interessantes. Alguns ninguém acredita mas o cidadão conta com tanta perfeição e seriedade, quase sempre é uma pessoa idônea que sabe valorizar o assunto acreditamos mesmo, quando fala de caçadas então segura-se quem puder. Porque o entusiasmo aumenta e a inspiração também , o interesse pelo final. Sempre o caçador leva vantagem quando, é caçador de pacas então sempre tem um cachorro mestre aquele e o destaque de toda a trama da historia, aquele cão que só faltava falar e assim que é os relatos.

Em uma destas proezas de contos tem aquele que bateu o record, conta-se que um caçador muito experiente, tinha seus cachorros mestres fazia o maior sucesso na região . Mas quis o destino em uma de suas caçadas seguindo a trilha costumeira saia de sua casa rumo ao grotão rodeando um cupim, lá aonde uma cobra já tinha mordido uma cabrita deixando órfão um cabritinho. O pequeno animal foi adotado por uma cadela que cuidou do pequeno animal chegando mesmo amamenta-lo. O filhote foi crescendo em companhia dos cães , aonde os cães ponha as patas o cabritinho colocava o focinho.
No vai – vem nesta trilha e as caçadas costumeiras , mais uma cobra apareceu picando o cachorro mestre ficando a outra solteira, mais a tristeza fui tanta que a cadela também morreu.
A família ficou abalada com aquela situação , não tinham como caçar, a mulher falou ao marido vamos caçar de espera não temos mais os cachorros bos, sairam meio sem fé , procurando um lugar para fazer sua espera.
Quando ouvirão os berros do cabrito , ficarão assustados quando foram conferir o cabrito tinha a paca encovado, batendo com a cabeça no cupim aonde a paca tinha entrado, pegaram o chucho e abateram a caça ali mesmo dentro do chão.
Cabrito que anda com cachorro fica mestre de paca !!

Este conto é uma das memorias do Sr. Sinval Farias e de seu filho Aranilto meu amigo desde a infância.

( Agradeço por confiar em mim para escrever estas relíquias que ficarão a disposição dos amigos no meu( blogespt mestre zezinho referencia tônico e tinoco)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Contos antigos que muitos já viveram


Este é um dos contos que eu achei muito interessante, inteligente e sábio.

Conta-se que antigamente os primeiros moradores lá do interior do Estado do Espirito Santo, hoje conhecido cidade de Alto Rio Novo, em suas lutas diárias no tempo das picadas em matas fechadas. Os vizinhos eram muito distantes, entre tantas aventuras que viviam nas picadas feitas a foice e machado e facão caminhavam descalços entre pontas de madeiras taquaras, bambu, taquiris e samambaia. Enfrentavam animais peçonhentos, cobras escorpiões, víboras, lacraias e a suçuarana bezerra, e a onça vermelha, esta sim metia medo porque ela os perseguia por entre a selva até chegar em seus pequenos casebres feito rusticamente com o sérno do palmito os perigos eram sempre uma ameaça a ambos, a fera seguia marcando com as patas os rastros do sertanejo que por ali passava.

A sabedoria do interior sempre nos traz lições , este acontecimento mostra o instinto de defesa e raciocino apurado usando da própria natureza sua defesa . Os constantes perigos com a perseguição do felino, o homem como ser superior aos animais , criou um instrumento da própria natureza , sabendo que a onça seguia pelo rastro e olfato . O matuto que nunca deixava o seu facão cortou uma taquara bem carregada de folhas e arrastava pelo trajeto que ele andava, com isso ele apagava os rastros confundia o olfato com o cheiro das folhas e o barulho que fazia espantava o bicho!!

“ Quem me contou foi um cabra honrado,
que ainda vive neste lugar,
seu nome é engraçado
vocês logo imagina sem trocadilho mas
e quase uma rima
Sebastião Nogueira de Farias,
Mas gosta de ser chamado Uzias”